17.1.11

ainda me custa

Há coisas que ainda me custam muito como ouvir o teu nome ou sentir o teu cheiro, encontrar alguma semelhança noutro lugar ou até mesmo saber que estas perto. Tenho sentido a tua falta, admito. Só precisava de ti, do nosso tempo, de nós. Precisava de te voltar a conhecer. Afinal, quem és tu agora? Ainda sabes o meu nome e todos os meus defeitos? Ainda sonhas comigo e com o nosso futuro? Ainda te lembras de mim?
Não deites tudo fora, não nos esqueças, não mudes, não desapareças, não me trates como todas as outras. Sabes que sou diferente, sempre mo disseste, como desististe de mim assim? Como mudaste assim tão de repente? Diz-me o que te levou a fazer isto tudo e eu prometo que nunca mais falo, calo-me para sempre, passa a ser como era no inicio, não te conheço e tudo acaba por passar. Se é isso que queres eu faço, mas sê sincero comigo, diz-me tudo, grita, faz o que quiseres e como quiseres, mas não me deixes assim na mão, não me deixes. Passar por ti, sorrir, baixar a cabeça e seguir ainda me custa. Admito que toda esta situação ainda me é estranha, a ausência dos teus beijos e dos abraços apaixonados que tinhas sempre prontos para mim. Ainda me faz confusão a transformação que sofri perante a tua vida, toda a indiferença que por vezes mostras sentir por mim e toda a frieza que se instala entre a nossa troca de olhares que noutro tempo era das coisas mais genuínas que se podia ter. Na verdade é de extremos, ou fico fria ou o calor queima-me a pele. Confesso que já não sei descodificar o teu olhar, confesso que perdi o jeito para te encantar e confesso com o maior pesar que te perdi e que me condeno por isso. Talvez nem seja culpa minha, provavelmente era este o nosso destino e este fim drástico já estivesse escrito em algum lado logo desde o inicio, mas não me conformo. Não me conformo porque preciso de ti, não me conformo porque não tive direito a escolha, não me conformo porque isto não era o que eu queria, não me conformo porque já não sei o que é estar sem ti. Não quero saber de poderes divinos, de futuros programados, a vida é minha, tu fazias parte dela e só eu devia ter acesso às decisões “fica” ou “vai”. Não consigo aceitar nem perceber o porque de tudo isto. Sinto-me uma estranha para ti, como se nunca tivesse acontecido nada, como se tudo tivesse sido apenas um sonho. Mas não, a minha vida é real, a nossa vida foi real, nós existimos, e repara que nesta forma não se diferencia o passado do presente. Não finjas que nada aconteceu, deseja-me como dantes... 
  

3 comentários:

Anónimo disse...

Já te tinha dito que estava bom, agora digo-te que está excelente! Força gôda, tu ultrapassas isto (:

Anónimo disse...

Obrigado por tudo! Desejo-te a mesma felicidade a ti, também a mereces e sei que um dia vais reencontrá-la com alguém que te faça mesmo feliz (:

Mara Alves disse...

Eh pá, claro, tem mesmo que ser!
E digo-te o mesmo, tens de ultrapassar isso, ele não te merece, ponto.
Se nós lutamos, e eles não são capazes de perceber isso, então esquece - passa à frente. Ele não percebe? Alguém há-de perceber!
Muita força para ti também <3