29.5.11

Vagueias por esses caminhos sem saberes o que deves ou não fazer, com o pensamento inconsciente de que alguém te acompanha. Mágoas mal saradas escondidas no fundo do baú, sem intenção de as revelar a alguém, acabam por explodir sozinhas, no silêncio de todas as noites iluminadas pelo escuro das madrugadas. Eu tenho todo o tempo do mundo, basta me deixares saber que queres, aí eu irei dar-te tudo de mim sem te exigir nada. Todas as situações são complicadas e nunca temos certezas do que devemos fazer, mas arrisca comigo, o adeus vai ser doloroso de qualquer maneira. Deixa-me saber o conteúdo desse baú, deixa-me saber de ti. Pára de me fazer acreditar no nada, se nada é vazio e o vazio não é credível. Dá-me o cheio, e o palpável, o real, o teu coração. Dá-te.