Todos os dias a pergunta se repetia na esperança da resposta nunca mudar. Não deixaste margem para erros nem sequer para novas respostas. Sempre fizeste a pergunta de acordo com aquilo que querias ouvir, de acordo com o esperavas ser a verdade; nunca entendeste que era apenas a tua verdade. A base da tua vivência resumia-se a inspirar a minha vida, os meus amores, as minhas torturas. Hoje é o último dia para perguntas e a resposta vai mudar; hoje, - afastou-se Vasco - a resposta vai de encontro a todos os teus medos. De tanto os temeres fizeste com que se tornassem no teu próprio veneno que insistes em tomar todos os dias. Deixo-te assim, a diminuíres sozinha, nesse buraco que é a tua vida e que tu própria escavaste. Seca de amor.
4 comentários:
não tens de pedir desculpa, doce inês, eu percebi que não foi por mal <3
é verdade..aliás, acho que não escrevo para muitas pessoas a algum tempo.
e oh, identifico-me quase sempre no que escreves, é incrivel. boa noite e chuva de estrelas para ti!
"seca de amor"; não sei como é que fazes essa magia de trocares sentimentos por conceitos mas parabéns inês, mesmo
duro mas profundo. adoro ler-te, porque dizes o que tiver de ser, sem eufemismos.
Enviar um comentário