
Beliscamos os olhos como quem brinca com a vida numa de acabar com o equilíbrio das pálpebras. Elas juntam-se vezes demais quando o coração acelera. Esquece-se dos nomes e das compras nas manhãs de sábado. Deixamos as palavras na gaveta mais longe da que guarda os dedos dos pés. Perdemos o movimento e aquilo que nos difere de todos os outros animais. Aprende-se a baixar a cabeça, a não dizer tudo e a dormir. A dormir sem memorizar o sono, sem hipóteses para o nosso amigo sonho. Guardam-se os sapatos de verão e opta-se pelo abandono da fruta verde. As decisões deixam de ser tomadas e até as séries semanais passam a ser mais importantes que o sossego de alma. Esquecemos as respostas e dormimos. Dormimos para a vida e para todos. Memoriza e despede-te.
6 comentários:
intenso e desconcertante
acho que a mariana disse o que eu queria dizer sobre o texto. está tão, tão intenso
inês, sem qualquer palavra!
é mesmo isto
q lindo! :o
inês, ao tempo que não te conseguia comentar!
já tinha saudades.
adorei a tua escrita neste post. nunca adormeças para a tua vida, sê sonhadora realista.
um beijo grande
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