Como os ombros começam a pesar, enviei-te a alma pelo correio na esperança de que nunca se perdesse durante a viagem. Embalada pelo vento, respiro mais vezes do que preciso, sou-te mais do que precisas. Guardo as vontades em caixas de Inverno sem misturas de climas, meus climas. Temperada e envinagrada azedei-me involuntariamente sem reparar nos rios que correm cá dentro. Distraída e sem insatisfação, já que uma coisa previne a outra. Trago a mala cheia... e ela diz tanto de mim. Denunciei-me com o meu mau olhar por tão transparentes serem os meus olhos. Guardo assim as etiquetas dos teus sonhos para as queimar em conjunto com os livros do Verão: adeus fumos, para que vos quero?
14 comentários:
é tão teu este texto inês *
Gosto tanto, tanto.
Quero dizer, minha querida Inês, que às vezes não vemos os outros, que isso de ver os outros dá trabalho e aleija e que o que vemos neles somos tão somente nós, nunca achando tal ser possível.
Adoro *-*
Já não vinha a este blog a uns tempos, fiz mal, muito mal. Está bom ele, muito bom!
adorei, apaixonei-me pelo teu textoo !
que diferente mas tão bonito
escrita rebelde e intensa, adoro
acho que me faz assustadoramente bem sabes. e ao tempo Inês, ao tempo. como está o clima pelo coração?
às vezes acender o primeiro fósforo é que é tão difícil.. mas perceber que nos estragamos, que respiramos mais do que aquilo que era necessário acho que ainda é mais...
sempre bom voltar aqui*
es muito ines
tao lindo. tao teu. e tao cheio de saudades..tenho saudades tuas e vontade de te abraçar
tu és tão qualquer coisa
sempre tão misteriosa... e bela
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