13.5.13

Quando as expressões e feições começam a ficar longe da memória eu aperto o corpo contra os sonhos até que pingue a recordação. Se não pingar torna-se a minha casa num deserto, pronta a secar qualquer movimento contra e a favor de mim. Fora da livre vontade e do agir por instinto continuo a querer ver-te com olhos de quem vê por dentro, de maneira a que as palavras engolidas e os meios esboços de alegria não me custem a paciência. A confiança, segurança perfeita da flor da vida, vai murchando enquanto adormece para encher o meu jardim de alguens que estão na memoria até um dia voltarem a ser mais que isso.

3 comentários:

Maria disse...

que terrível e bonito...

flávia disse...

voltarão em que forma ?

flávia disse...

Que regressem .